Adorável e chocante.
domingo, 12 de abril de 2015
quinta-feira, 9 de abril de 2015
terça-feira, 7 de abril de 2015
sexta-feira, 3 de abril de 2015
Helena
Ela caminhava sempre com pressa, sempre sem muito notar o mundo ao seu redor.
Ainda com sua característica apressada seu cabelo sempre estava perfeitamente escovado.
Seus olhos continham o brilho de uma jovem adulta, mas a canseira de horas de trabalho.
Nada tirava sua atenção do pequeno aparelho celular em suas mãos.
Até porque sua caminhada era da Av. Paulista, até sua casa na Freguesia do Ó.
Nada se alterava.
Helena era o orgulho dos pais, o milagre da empresa.
Ainda não tinha seus completos 27 anos.
Mas tão rápido quanto o tempo de raciocinar a luz veio rápido em sua visão.
Mal dando-lhe tempo de pensar ou de tirar os olhos do aplicativo sobre a bolsa de valores do celular.
Estava deitada, com um gosto salgado na boca que naquele momento não soube definir o que era.
Vozes desconhecidas, sirenes, pessoas em seu campo de visão.
Mas a unica coisa que Helena conseguia ver era a Chuva caindo no asfalto.
De como estar imóvel no chão atrapalharia o Jorge, o moço que trabalhava na cafeteria que frequentava todos os dias a chegar a tempo no cursinho.
E provavelmente a Dona Maria, que precisava chegar em casa para preparar a janta para três crianças pequenas.
Então deprimida com a seu egoismo de fazer os bombeiros intermediarem 2 faixas no horário de pico, Helena dormiu.
terça-feira, 31 de março de 2015
Livros empoeirados
Foi no dia em que eu achei que tudo finalmente ia mudar, que os meus medos e anseios virariam arco-iris após uma tempestade diluviosa.
Mas era tão difícil... Ver todos aqueles livros que mesmo empoeirados significavam fases de um passado que, não era bom, tinha as brigas as meninas que se maquiavam como profissionais todas as manhãs, eu eu não fiz parte de nenhum grupo específico, mas foi lá que eu aprendi a observar.
Aqueles livros não tinham significados, afinal não traziam nenhum tipo de história heroica ou algo que eu quisesse compartilhar com meus familiares nas festas de fim de ano ou no amigo secreto do curso de inglês.
Não tinham significado nenhum e, mesmo assim, rolou-me lágrimas nos olhos na nostalgia insistente de cada virada de página, de cada bolinha de papel que passava por cima da minha cabeça e batia na losa, de cada vez que o sinal batia e todos saiam correndo para pegar a fila da merenda enquanto eu preferia esperar todos saírem apressados.
Foi um tempo que eu não voltaria, mas que eu não tinha nenhuma pretensão de esquecer.
Parecia sem significado, mas eram as lembranças daqueles livros didáticos que me prendiam a eles,
Mas era tão difícil... Ver todos aqueles livros que mesmo empoeirados significavam fases de um passado que, não era bom, tinha as brigas as meninas que se maquiavam como profissionais todas as manhãs, eu eu não fiz parte de nenhum grupo específico, mas foi lá que eu aprendi a observar.
Aqueles livros não tinham significados, afinal não traziam nenhum tipo de história heroica ou algo que eu quisesse compartilhar com meus familiares nas festas de fim de ano ou no amigo secreto do curso de inglês.
Não tinham significado nenhum e, mesmo assim, rolou-me lágrimas nos olhos na nostalgia insistente de cada virada de página, de cada bolinha de papel que passava por cima da minha cabeça e batia na losa, de cada vez que o sinal batia e todos saiam correndo para pegar a fila da merenda enquanto eu preferia esperar todos saírem apressados.
Foi um tempo que eu não voltaria, mas que eu não tinha nenhuma pretensão de esquecer.
Parecia sem significado, mas eram as lembranças daqueles livros didáticos que me prendiam a eles,
domingo, 29 de março de 2015
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